quarta-feira, 2 de março de 2016

tendinite patelar em paciente sarcopenico
 A sarcopenia está associada ao declínio progressivo da massa e consequentemente da função muscular (força, potência e resistência). Esse déficit pode ser relacionado a uma contração muscular inadequada, seja em função de alterações nas proteínas actina e miosina ou por um estresse oxidativo nas células. O início e progressão dessa perda muscular está relacionada a perda de miócitos via apoptose, essa perda é mais pronunciada nas fibras do tipo II . Em geral, indivíduos saudáveis começam a ter diminuição da massa muscular a partir dos 45 anos, sendo essa queda posterior ao pico de desempenho muscular nos primeiros anos da vida adulta . Contudo ocorre alterações do padrão de movimento acarretando sobrecarga em tecidos moles ( tendões, bursas, ligamentos), conforme termograma ao lado.

Uma importante questão é se este fenômeno pode ser influenciado, e se possível, como influenciá-lo? Vários pesquisadores através dos anos têm estabelecido possibilidades que podem amenizar o declínio da massa muscular e suas ações correlatas.Uma intervenção que parece ser a mais promissora é o treinamento de força. O treinamento de força pode alterar significativamente o declínio da massa muscular e conseqüentemente pode ter importante implicação na saúde pública. Treinamento de força de alta intensidade resulta em ganhos significativos na força e no estado funcional do indivíduo. Conseqüentemente, ocorre ma melhora significativa nas atividades de vida diárias, e na independência funcional de pessoas mais velhas, além de já ter sido demonstrado múltiplos efeitos positivos em fatores de risco para doenças crônicas.
Com o envelhecimento, aparentemente, existe uma perda preferencial pelas fibras tipo II (contração rápida) isso está relacionado com a redução na força muscular, uma vez que estas fibras são consideradas grandes responsáveis pelo trabalho de força. A perda das fibras musculares do tipo II significa uma diminuição das proteínas de cadeias pesadas de miosina, que se transformam para o tipo mais lento, o que poderia afetar a velocidade do ciclo das pontes transversas de actina e miosina durante as ações musculares, além de uma concomitante diminuição de atividade da miosina ATPase. Neste caso, o treinamento de força seria muito interessante, pois propicia um aumento do tamanho do músculo em decorrência do resultado do aumento nas proteínas contráteis.
O treinamento de força, mais do que qualquer outro, estaria diminuindo os efeitos negativos do envelhecimento sobre os aspectos neuromusculares, proporcionando mais saúde e independência aos mais velhos (8,10).A quantidade de massa muscular perdida com o envelhecimento também depende da atividade física, e a taxa de perda é menor naquelas pessoas que mantém um regime regular de atividade física. Assim a atividade física e em especial o treinamento com pesos, pode minimizar ou mesmo reverter à síndrome da fragilidade física que prevalece entre indivíduos mais velhos.