Segundo Costa (1997), deve-se ficar atento às alterações posturais encontradas em crianças na faixa etária
de 7 a 12 anos, por ser este um período intermediário entre o 1º estirão de crescimento, que ocorre do
nascimento até o terceiro ano de idade, e o 2º que acontece na adolescência. Este período intermediário é
descrito por Bradford et al. (2004) como um período de crescimento linear regular. Considerada retilínea
quando observada anterior ou posteriormente, a coluna vertebral apresenta quatro curvaturas normais
quando observada de perfil: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e curvatura sacral (Rash, 1989
apud ALEXANDRE; MORAES, 2001; KAPANDJI, 2000). Estas curvaturas têm como função, segundo Gelb
et al. (1995 apud DAMASCENO, 2006), absorção de impactos, redução da rigidez longitudinal e
potencialização da função muscular. Suas presenças aumentam a resistência aos esforços de compressão
axial (KAPANDJI, 2000). Na vida intra-uterina a coluna não apresenta curvas. Ao nascer, a coluna vertebral
do bebê apresenta uma curvatura convexa posteriormente. A formação da lordose cervical é determinada
quando a criança levanta a cabeça em prono e começa a sentar-se. A lordose lombar se inicia quando o
bebê começa a engatinhar, que geralmente ocorre dos 09 a 12 meses de idade, e vai se consolidando
conforme a criança adquire a capacidade de andar. A formação da lordose lombar facilita a postura ereta
(SMITH et al., 1997; CAILLIET, 1979). Posturas assumidas inadequadamente por crianças em casa e na
escola, geram um desequilíbrio muscular tendo como conseqüência alterações posturais. A vigilância ativa
de pais e professores é importante para que se prevenir deformidades através da correção precoce de
desvios posturais (PIRES et al, 1990 apud OLIVEIRA et al., 1998). Existem vários métodos de mensuração
em posição ortostática, como a avaliação de vistas, imagem radiológica, fotografia, análise postural digital,
régua flexível, fio de prumo, instrumentos-escalas e goniômetro (GAJDOSIK, et al., 1985; HART e ROSE,
1986 apud MASTELARI et al., 2006). Sendo uma imagem bidimensional de uma cena tridimensional, a
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fotografia tem sido muito utilizada para medidas angulares e lineares nas avaliações posturais. Permite,
também, a detecção de alterações nos diferentes segmentos corporais com o passar do tempo, tendo
grande importância nas reavaliações (KNUDSON; MORRISON, 2001; WATSON, 1998).
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