terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Valgo Dinâmico e quadril

O valgo dinâmico pode estar associado a múltiplos fatores, dentre eles podemos citar a fraqueza do complexo posterolateral (CPL) do quadril, formado pelos músculos glúteo máximo, glúteo médio, piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo inferior e quadrado femoral.
A fraqueza do CPL pode gerar uma combinação de adução com rotação interna do fêmur, causando um impacto do côndilo lateral do fêmur na cartilagem retropatelar levando ao seu desgaste e à exposição do osso subcondral (altamente inervado) gerando dor em atividades funcionais como subir e descer escadas, sentar e levantar, pular, correr, ajoelhar etc.
Muitas vezes a dor e incapacitante, levando a retirada do atleta de sua prática esportiva, a ausência do trabalhador no seu ambiente laboral e à redução da atividade diária de uma pessoa sedentária. 
O valgo dinâmico também pode ser gerado por um excesso de tensão muscular no gastrocnêmio, sóleo e tibial anterior, limitando a amplitude de movimento do tornozelo, gerando uma rotação e abdução da tíbia além da redução do arco plantar e pronação dos pés. 
Numa visão osteopática, a disfunção sacroilíaca também pode gerar uma lesão em ilíaco anterior, gerando uma redução da vantagem mecânica do CPL por lançar sua inserção proximal à frente. 
São achados clínicos comuns deste padrão de movimento a queda contralateral da pelve, inclinação ou não ipsilateral do tronco (escoliose transitória), adução com rotação interna do fêmur e pronação dos pés. 
É um dos principais mecanismos para várias lesões do aparelho locomotor como ruptura do LCA, lesão meniscal, lesão do LCL, lesão de cápsula, síndrome da dor fêmoropatelar, impacto fêmoroacetabular, lombalgia etc.




Complexo postero-lateral do quadril
Escoliose transitória
Valgo dinâmico






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